terça-feira, 1 de maio de 2007

Fábula


E o Poeta encantou a Lua...
E a Lua nunca mais foi a mesma...
Deixou-a ainda mais radiante,
diante da própria beleza.

Havia a magia das palavras
trocadas, todas as noites,
por um pouco de luar.

E o Poeta sonhou...

E a Lua acreditou...

Do sonho e da crença
nasceu uma nobre filha,
a Poesia.

Hoje, o Poeta abandonou a Lua,
por medo ou covardia,
pois a Lua ali sempre estará bela,
reluzente, cheia de alegria.

Enquanto o Poeta,
cego pela dor de querê-la
só para si,
entregou-se à Nostalgia,
traindo, assim, seu verdadeiro amor.

Mas a Poesia, fruto daquele versejar,
eterna, como o sonho e a crença,
ensina a todos o que é amar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário